Leishmaniose Canina e o Agosto Verde: Prevenção E Saúde
A leishmaniose canina é uma das doenças mais perigosas que afeta os cães no Brasil. Ela é causada por parasitas transmitidos pela picada do mosquito-palha, e seu impacto na saúde dos pets pode ser devastador. Para aumentar a conscientização sobre essa doença grave e incentivar a prevenção, surgiu a campanha do Agosto Verde, um mês dedicado a alertar os tutores sobre os riscos da leishmaniose e a importância de cuidar dos seus cães.
Neste artigo, você vai entender o que é o Agosto Verde, o que é a leishmaniose canina, como a doença é transmitida, quais são os principais sintomas, formas de diagnóstico e tratamento, e por que a prevenção é fundamental para manter seu pet saudável e a sua também!
O que é Agosto Verde?
O Agosto Verde é uma campanha de conscientização que ocorre durante o mês de agosto, com o objetivo de alertar tutores de cães sobre os perigos da leishmaniose canina. Essa iniciativa busca educar a população sobre as medidas de prevenção, diagnóstico e tratamento da doença, que é endêmica em várias regiões do Brasil.
A escolha do mês de agosto para essa campanha não é aleatória. É nesse período que se intensifica a proliferação do mosquito-palha, o principal vetor da leishmaniose. Além disso, é um mês estratégico para realizar ações preventivas antes do período mais quente do ano, quando a presença do mosquito se torna mais frequente.
Por que a prevenção é importante?
A leishmaniose canina é uma doença crônica e sem cura, embora tenha tratamento e controle. Por isso, o Agosto Verde incentiva os tutores a tomarem medidas preventivas, como o uso de coleiras repelentes e a manutenção de um ambiente limpo e livre de focos de mosquitos. Quanto antes a prevenção começar, menores são as chances de o seu cão contrair a doença.
O que é leishmaniose canina?
A leishmaniose canina é uma doença parasitária causada pelo protozoário Leishmania, que é transmitido pela picada de mosquitos do gênero Lutzomyia, popularmente conhecidos como mosquito-palha. Essa doença pode afetar tanto animais quanto seres humanos, sendo considerada uma zoonose, uma doença que pode ser transmitida entre animais e pessoas.
O parasita se instala nas células do sistema imunológico do cão, o que resulta em uma resposta inflamatória crônica. Isso afeta vários órgãos e sistemas do corpo do animal, tornando a leishmaniose uma doença de evolução lenta e complexa.
Como o pet adquire a leishmaniose?
O contágio da leishmaniose canina ocorre por meio da picada do mosquito-palha infectado. Isso porque, ao se alimentar do sangue de um animal ou humano infectado, o mosquito se torna um transmissor e pode, ao picar outro cão, transmitir o parasita Leishmania.
É importante destacar que o cão não transmite a doença diretamente para outros cães ou pessoas, como acontece com a raiva canina que é transmitida por mordidas ou arranhões. A transmissão acontece somente pela picada do mosquito. No entanto, uma vez infectado, o cão pode servir como um reservatório para o parasita, facilitando a proliferação da doença se o vetor estiver presente.
A leishmaniose é mais comum em regiões quentes e úmidas, onde a população de mosquitos é maior. As áreas rurais e urbanas com baixa qualidade de saneamento também apresentam um risco mais elevado, pois os mosquitos encontram nesses locais condições ideais para sua reprodução. Portanto, cães que vivem ou frequentam essas regiões estão mais suscetíveis à doença.
Tipos de leishmaniose
Existem dois tipos principais de leishmaniose que podem acometer os cães:
- Leishmaniose Tegumentar: A forma tegumentar da doença afeta principalmente a pele e as mucosas dos cães. Os sintomas incluem feridas que não cicatrizam, perda de pelos e lesões cutâneas, especialmente nas orelhas, focinho e ao redor dos olhos.
- Leishmaniose Visceral: Esse é o tipo mais grave, pois afeta órgãos internos, como o fígado, os rins e o baço. Cães com leishmaniose visceral podem apresentar sintomas como febre, apatia, perda de peso, inchaço abdominal e sangramentos.
Ambos os tipos de leishmaniose são graves e podem levar à morte se não forem diagnosticados e tratados a tempo.
Sintomas da leishmaniose canina
Os sintomas da leishmaniose canina podem variar de acordo com a forma da doença (tegumentar ou visceral) e a gravidade da infecção. No entanto, alguns sinais clínicos são comuns e devem ser observados pelos tutores, como:
- Perda de pelos, especialmente ao redor dos olhos, orelhas e focinho
- Feridas que não cicatrizam
- Perda de peso progressiva
- Apatia e fraqueza
- Crescimento anormal das unhas
- Inchaço dos gânglios linfáticos
- Sangramentos, especialmente no nariz
- Dificuldade para andar
- Inchaço abdominal
Se o seu cão apresentar algum desses sintomas, é crucial trazê-lo para consulta veterinária aqui na SOS Peludos imediatamente para que sejam os exames necessários.
Diagnóstico da leishmaniose canina
O diagnóstico da leishmaniose canina acontece por meio de exames clínicos e laboratoriais. O veterinário pode solicitar um hemograma, testes sorológicos e, em alguns casos, a coleta de tecidos para análise. Tais exames são essenciais para confirmar a presença do parasita Leishmania e determinar a gravidade da infecção.
No caso de suspeita de leishmaniose, a rapidez no diagnóstico é fundamental para aumentar as chances de sucesso no tratamento. Além disso, cães diagnosticados precocemente têm uma melhor qualidade de vida..
Tratamento para leishmaniose
Embora a leishmaniose canina não tenha cura definitiva, o tratamento pode controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida do animal. Além disso, ao manter a leishmaniose controlada, é possível baixar a densidade parasitária no organismo do pet, evitando assim novas transmissões.
O tratamento geralmente envolve o uso de medicamentos antiparasitários para reduzir a carga parasitária e fortalecer o sistema imunológico do cão. Enquanto isso, é preciso fazer o controle de outros sintomas que acometem o cão devido à doença.
Por fim, é importante que o animal receba acompanhamento veterinário regular e siga uma rotina de cuidados que inclua o uso de coleiras repelentes e vacinas específicas. A prevenção de novas picadas do mosquito-palha também é essencial, já que o cão infectado pode continuar servindo de hospedeiro para o parasita.
Prevenção: A melhor solução
A prevenção ainda é a melhor forma de proteger seu cão contra a leishmaniose. Algumas medidas preventivas que você pode adotar incluem:
- Uso de coleiras repelentes contra o mosquito-palha
- Uso de repelentes em spray, à base de citronela, lavanda e neem.
- Manutenção de ambientes limpos, evitando o acúmulo de lixo e material orgânico
- Instalação de telas em portas e janelas para impedir a entrada de mosquitos
- Consulta regular com um veterinário, especialmente em regiões endêmicas
A leishmaniose canina é uma doença grave que exige atenção e cuidados constantes. Por isso, durante o Agosto Verde, reforçamos a importância de prevenir essa doença e conscientizar os tutores sobre os riscos que ela representa para seus pets.
Se você notar qualquer sinal de leishmaniose em seu cão, não espere. Traga seu peludo imediatamente para a SOS Peludos. Quanto antes a doença tiver o diagnóstico, maiores são as chances de controlar os sintomas e garantir uma vida saudável ao seu companheiro.
Proteja seu cão e faça parte dessa campanha de conscientização. O cuidado com a saúde do seu pet é um ato de amor! Compartilhe esse post com mais tutores de cães!