Pancreatite em cachorro: sintomas, tratamento e alimentação
A pancreatite em cachorro é uma doença séria, silenciosa e que pode colocar a vida do seu pet em risco se não for diagnosticada e tratada a tempo. É um dos problemas gastrointestinais mais comuns na rotina veterinária e, ainda assim, continua cercada de dúvidas. Afinal, o que causa a pancreatite? Quais os sinais de alerta? E qual veterinário procurar?
Neste artigo, vamos explicar tudo de forma clara, profunda e didática para que você entenda como proteger seu melhor amigo, vamos lá?
O que é a pancreatite em cachorro?
A pancreatite é uma inflamação do pâncreas, uma glândula localizada próxima ao estômago e ao intestino delgado. Esse órgão é responsável por duas funções vitais:
- A digestiva, ao liberar enzimas que ajudam a quebrar alimentos
- E a hormonal, ao produzir insulina e glucagon, que controlam o açúcar no sangue.
Quando ocorre pancreatite, essas enzimas se ativam antes do tempo dentro do próprio pâncreas, causando uma “autodigestão” do tecido pancreático. Então o resultado é um processo inflamatório intenso, que pode se espalhar para outros órgãos.
De acordo com a Purina Institute (2023), essa inflamação pode ser aguda, quando surge de forma repentina e grave, ou crônica, quando há episódios repetidos que vão destruindo lentamente o tecido pancreático. Em ambos os casos, o acompanhamento veterinário é essencial, pois quanto mais tempo a inflamação durar, maiores os riscos de sequelas.
A pancreatite em cachorro pode matar?
Sim, a pancreatite em cachorro pode ser fatal, especialmente se for ignorada ou tratada tardiamente. Isso porque o processo inflamatório do pâncreas pode liberar substâncias tóxicas na corrente sanguínea, levando a uma resposta inflamatória sistêmica e falência de órgãos como fígado, rins e coração. Além disso, em casos graves, o cão pode evoluir rapidamente para um quadro de choque e óbito.
Por outro lado, quando o diagnóstico é feito precocemente e o tratamento é iniciado de forma adequada, a maioria dos cães se recupera bem. Portanto, reconhecer os primeiros sinais é a principal forma de salvar vidas. Mesmo nos casos em que o cão sobrevive à fase aguda, o acompanhamento contínuo é importante, já que a pancreatite pode se tornar crônica.
Sintomas de pancreatite em cães
Os sintomas de pancreatite em cães podem variar bastante conforme a gravidade e o tempo de evolução da doença. Em geral, os tutores notam sinais de dor, enjoo e apatia, mas muitos confundem com uma simples indisposição. Entre os sintomas mais comuns estão:
- Vômitos frequentes e recorrentes
- Falta de apetite ou recusa total de alimento
- Dor abdominal intensa, o cão pode adotar uma postura encurvada, como se tentasse aliviar o incômodo
- Letargia e fraqueza
- Diarreia, que pode ou não conter gordura nas fezes
- Desidratação
- Febre leve
- Abdômen sensível ao toque
Em muitos casos, o cão também demonstra inquietação, gemidos de dor e respiração ofegante. Como esses sinais podem se confundir com outros distúrbios gastrointestinais, apenas o veterinário poderá confirmar o diagnóstico. Ignorar sintomas aparentemente simples é um erro perigoso, pois a pancreatite progride rapidamente.
E qual veterinário procurar?
Se o seu cão apresentar sintomas compatíveis com pancreatite, ele deve ser levado imediatamente a uma clínica veterinária 24 horas, com estrutura de emergência e capacidade de realizar exames no local. É importante que o atendimento seja feito por um médico-veterinário clínico geral com experiência em pequenos animais ou, quando necessário, um especialista em gastroenterologia veterinária.
Na SOS Peludos, realizamos o diagnóstico completo, desde os exames laboratoriais até o acompanhamento pós-tratamento. Nossa equipe está preparada para atender emergências 24h e oferecer suporte intensivo nos casos de pancreatite em cães.
Diagnóstico da pancreatite em cachorro
O diagnóstico é clínico e laboratorial. O veterinário começa a entender o caso com o histórico do animal: tipo de alimentação, episódios de vômito, medicamentos usados recentemente e outros fatores de risco. Em seguida, realiza o exame físico completo, avaliando dor abdominal, hidratação e temperatura.
Depois, são solicitados exames complementares, que incluem:
- Exames de sangue: ajudam a detectar alterações nas enzimas pancreáticas (lipase e amilase), além de verificar glicose, proteínas, triglicerídeos e função hepática.
- Testes específicos: como o canine pancreatic lipase immunoreactivity (cPLI), considerado o mais sensível para confirmar o diagnóstico.
- Ultrassonografia abdominal: permite visualizar alterações no pâncreas, presença de líquido abdominal e inflamações adjacentes.
- Radiografia e outros exames de imagem: usados em casos duvidosos para descartar outras doenças.
De acordo com estudo da Revista de Medicina Veterinária da UFRGS (2022), a combinação de histórico clínico, exames laboratoriais e ultrassom oferece os melhores resultados diagnósticos. A rapidez no atendimento e na identificação do problema é um dos fatores que mais influenciam a recuperação do paciente.
Tratamento para pancreatite em cães
O tratamento para pancreatite em cães tem como objetivo controlar a inflamação, aliviar a dor e restaurar as funções vitais do organismo. Por isso, a depender do caso, ele pode incluir internação hospitalar, especialmente em quadros moderados a graves. O protocolo terapêutico costuma envolver:
- Fluidoterapia: reposição de líquidos e eletrólitos para corrigir a desidratação provocada por vômito e diarreia, e manter a circulação adequada.
- Controle da dor: feito com analgésicos e anti-inflamatórios específicos, sempre sob supervisão veterinária.
- Antieméticos e protetores gástricos: ajudam a controlar os vômitos e proteger o trato digestivo.
- Antibióticos: são indicados apenas em casos de suspeita de infecção secundária.
- Jejum inicial: dependendo da gravidade, o cão pode ficar em jejum por 12 a 24 horas para dar descanso ao pâncreas.
- Introdução gradual da alimentação: logo que o animal melhora, uma dieta terapêutica específica deve ser iniciada.
Durante a recuperação, o acompanhamento constante é essencial. Além disso, a nutrição precoce, quando tolerada, contribui para uma recuperação mais rápida e reduz complicações. Entretanto, cada caso é individual, e o plano de tratamento deve ser ajustado conforme a resposta do cão.
Alimentação para cachorro com pancreatite
A alimentação exerce um papel crucial no tratamento e na prevenção da pancreatite. Isso porque o pâncreas é muito sensível à gordura, por isso, qualquer excesso pode desencadear novas crises. A alimentação para cachorro com pancreatite deve seguir algumas regras importantes:
- Baixo teor de gordura: dietas terapêuticas desenvolvidas para distúrbios digestivos são as mais indicadas. Elas reduzem o estímulo pancreático e evitam a sobrecarga do órgão.
- Alta digestibilidade: alimentos facilmente digeridos garantem melhor absorção e reduzem o desconforto gastrointestinal.
- Alimentação fracionada: dividir as refeições em pequenas porções ao longo do dia é mais seguro para o pâncreas.
- Nada de petiscos gordurosos: evite ossos, restos de comida e alimentos de mesa. Um pequeno pedaço de carne gordurosa pode ser o gatilho para uma nova crise.
- Suporte nutricional profissional: em alguns casos, é necessário acompanhamento com nutricionista veterinário para ajustar proteínas, lipídios e micronutrientes.
Além disso, cães que já tiveram pancreatite devem manter essa dieta de forma permanente, mesmo após a recuperação. Segundo estudo da Artmed Educação (2022), a mudança alimentar é a medida mais eficaz para evitar recidivas.
Fatores de risco e prevenção
Alguns cães são naturalmente mais propensos a desenvolver pancreatite. Raças como Schnauzer Miniatura, Cocker Spaniel e Yorkshire Terrier apresentam maior predisposição genética. No entanto, fatores externos também têm grande influência. Os principais riscos incluem:
- Obesidade e sedentarismo
- Alimentação rica em gordura
- Trocas bruscas de dieta
- Uso de certos medicamentos (como corticoides)
- Doenças endócrinas, como hipotireoidismo e diabetes
Para prevenir a pancreatite em cachorro, mantenha uma rotina alimentar equilibrada, evite o sobrepeso e não ofereça petiscos calóricos. Por fim, realizar check-ups periódicos com o veterinário também é essencial para detectar alterações precocemente.
Prognóstico e qualidade de vida
Com o tratamento adequado, a maioria dos cães se recupera completamente da pancreatite aguda. Contudo, quando há repetição de episódios, a forma crônica pode se instalar, exigindo cuidados contínuos com dieta e acompanhamento veterinário. Cães bem monitorados, alimentados corretamente e com boa rotina de cuidados podem levar uma vida longa e saudável mesmo após o diagnóstico.
A chave está na observação do tutor. Qualquer sinal de apatia, vômito ou recusa alimentar deve ser avaliado imediatamente. Isso porque quanto antes diagnosticar e tratar, maiores as chances de recuperação sem complicações.
Cuide com quem entende de verdade
Na SOS Peludos, oferecemos atendimento 24h para o seu peludo, com estrutura completa para diagnóstico, internação e acompanhamento de casos de pancreatite em cachorro. Nossa equipe está pronta para agir rápido e garantir o bem-estar do seu pet em todas as fases do tratamento. Portanto, ao observar os sinais de alerta, não exite em trazer seu peludo para os nossos cuidados! Nosso atendimento é 24hs e por ordem de chegada!