Parvovirose Canina
As doenças virais são a principal preocupação no cuidado canino de filhotes. Isso porque devido a pouca imunidade dos animais nessa idade, os vírus encontram uma porta aberta enorme para se instalar e desenvolver doenças graves como a parvovirose canina.
Nesse artigo você vai aprender o que é, a gravidade do parvovírus canino, quais os sintomas da doença por fases, bem como seu tratamento e a importância da vacina para cachorro desde bem filhote para saúde não só dele, como da comunidade canina ao redor.
O que é Parvovirose?
A parvovirose é uma doença viral altamente contagiosa que afeta principalmente cães, causando uma condição gastrointestinal grave. O vírus responsável por essa doença é o parvovírus canino, que é conhecido por sua resistência ambiental e por atingir especialmente cães jovens, filhotes não vacinados e animais com sistema imunológico enfraquecido.
Este vírus é altamente contagioso e pode ser transmitido através de:
- Contato direto com fezes e urinas contaminadas,
- Saliva
- Vômito de animais parvo positivos
- E ainda objetos contaminados, como tigelas, coleiras e equipamentos de limpeza.
Após o contágio, o vírus se replica rapidamente nas células que se dividem ativamente, incluindo as células do trato gastrointestinal, linfonodos e medula óssea. Então, isso resulta em danos enormes ao sistema imunológico do animal, levando a uma série de sintomas graves.
O parvovírus canino é conhecido também por sua robustez e capacidade de sobreviver em ambientes externos por períodos prolongados. Isso porque ele pode persistir em solo, superfícies e objetos por meses a anos, resistindo a condições ambientais adversas. Isso aumenta significativamente o risco de infecção. Até porque os cães podem ser expostos ao vírus ao farejar áreas contaminadas há um bom tempo.
Sintomas de parvovirose
A parvovirose canina apresenta sintomas distintos em diferentes fases da doença, tendo sua evolução clínica geralmente ocorrendo em 3 estágios principais:
- Estágio inicial (2-4 dias após a infecção):
- Febre: Os cães infectados muitas vezes desenvolvem febre.
- Letargia: O animal pode ficar notavelmente apático e mostrar falta de energia.
- Perda de apetite: O cão pode recusar-se a comer ou mostrar uma diminuição significativa no apetite
- Estágio gastrointestinal (2-7 dias após o início dos sintomas):
- Vômitos: Os cães começam a vomitar repetidamente, o que pode levar à desidratação.
- Diarreia: A diarreia é um sintoma característico da parvovirose, sendo frequentemente grave e com sangue, devido à destruição das células intestinais.
- Desidratação: A perda excessiva de fluidos corporais devido à diarreia e vômitos pode levar rapidamente a desidratação, manifestando-se através de mucosas secas, pele sem elasticidade e olhos afundados.
- Estágio de recuperação ou complicações (7-10 dias após o início dos sintomas):
- Melhora ou piora: Alguns cães começam a mostrar sinais de recuperação da doença. Enquanto outros podem desenvolver complicações graves, como pneumonia, sepse (infecção exagerada e até generalizada) ou problemas cardíacos.
- Continuação da terapia: Mesmo cães que estão se recuperando podem precisar de suporte contínuo, como fluidoterapia, nutrição intravenosa e medicamentos para controlar sintomas.
Observações adicionais:
- Contagem de glóbulos brancos: Uma característica marcante da parvovirose é a queda acentuada no número de glóbulos brancos no Hemograma, especialmente nos linfócitos, comprometendo o sistema imunológico do animal.
- Depressão do sistema imunológico: A infecção pode causar uma supressão significativa do sistema imunológico, tornando o cão suscetível a infecções secundárias.
É crucial observar atentamente qualquer sinal de parvovirose canina, especialmente em filhotes não vacinados, e trazer seu pet para a SOS Peludos imediatamente ao notar quaisquer sintomas. Isso porque o tratamento precoce aumenta significativamente as chances de recuperação e reduz as complicações associadas.
Tratamento para parvovirose canina
O tratamento da parvovirose canina é desafiador e muitas vezes requer cuidados intensivos, especialmente nas fases mais críticas da doença. Também é importante saber que o manejo da parvovirose geralmente é dividido em várias abordagens, focando em controlar os sintomas, reidratar o animal, prevenir infecções secundárias e dar suporte ao sistema imunológico. Entretanto, o tratamento pode variar dependendo da gravidade e da resposta individual do paciente. Ainda assim, é importante conhecer o raciocínio básico dos cuidados com a parvovirose canina:
1. Hidratação e Controle dos Sintomas (Estágio Gastrointestinal):
- Fluidoterapia: A desidratação é uma complicação comum devido à diarreia e vômitos. Por isso, fluidos intravenosos são administrados para corrigir a perda de líquidos e eletrólitos, ajudando a manter a hidratação adequada.
- Controle dos vômitos e diarreia: Medicamentos são prescritos para controlar vômitos e diarreia, ajudando a aliviar os sintomas e melhorar o conforto do animal.
2. Terapia de Suporte (Estágio Gastrointestinal):
- Nutrição: A oferta de alimentação é geralmente restrita inicialmente para permitir que o trato gastrointestinal se recupere. Em alguns casos, a nutrição intravenosa pode ser necessária. Conforme o animal melhora, uma dieta leve e facilmente digerível é reintroduzida.
- Suplementos: Vitaminas e suplementos podem ser administrados para fortalecer o sistema imunológico e promover a recuperação.
3. Monitoramento Contínuo (Estágio de Recuperação ou Complicações):
- Exames Laboratoriais: Monitoramento frequente dos níveis de glóbulos brancos, eletrólitos e outros parâmetros laboratoriais é essencial para avaliar a resposta do animal ao tratamento.
- Tratamento de Complicações: Se ocorrerem complicações, como pneumonia ou infecções secundárias, tratamentos específicos são implementados.
4. Cuidados Pós-Tratamento:
- Monitoramento a Longo Prazo: Mesmo após a recuperação aparente, é importante monitorar a saúde do animal a longo prazo para detectar quaisquer complicações tardias.
- Revisões Veterinárias: Consultas veterinárias regulares são essenciais para garantir que o animal permaneça saudável e para discutir a continuação da vacinação e estratégias de prevenção.
O tratamento da parvovirose canina exige uma abordagem abrangente e cautelosa. Por isso, e a intervenção veterinária precoce é fundamental para melhorar as chances de recuperação. Além disso, a resposta ao tratamento pode variar, e em casos graves, a internação pode ser necessária para cuidados intensivos.
Parvovirose passa para humanos?
Não, o parvovírus canino (CPV-2), que causa a parvovirose em cães, não é conhecido por infectar humanos. Isso porque o parvovírus que pode afetar os seres humanos é uma cepa diferente chamada Parvovírus B19, pode causar a chamada “quinta doença” em humanos.
É importante ressaltar que os vírus são geralmente específicos para suas espécies hospedeiras. Por isso, as infecções cruzadas entre humanos e animais são relativamente raras. Isso porque cada vírus é adaptado para infectar e replicar-se em determinadas células e organismos, e as barreiras biológicas muitas vezes impedem a transmissão entre espécies diferentes. Portanto, a parvovirose canina não representa uma ameaça direta para os humanos.
Vacina para parvovirose canina
A vacina contra a parvovirose canina é uma parte crucial do cuidado da saúde canina e está incluída na vacina V10 ou V8. Contudo, para filhotinhos até 2 meses de vida, há a vacina Puppy, geralmente oferecida ainda no canil (para cães de raça) que protege contra Cinomose e Parvovirose apenas, que pode ser aplicada a partir de 30 dias de vida. Essa vacina é projetada para estimular uma resposta imunológica específica contra o parvovírus canino (CPV-2).
O programa de vacinação com a múltipla V10 e ou V8 começa em filhotes, por volta de 6 a 8 semanas de idade, com doses iniciais. Então, são necessárias doses de reforço até aproximadamente 16 semanas, seguidas por vacinas periódicas ao longo da vida do cão. Veja o protocolo de vacinas caninas no Manual da Vacina Para Cachorro, clicando aqui.
Também é importante saber que a eficácia da vacina varia. Mas, em geral, proporciona proteção robusta, ajudando a prevenir ou reduzir a gravidade da doença em caso de exposição ao vírus. Além de proteger o cão vacinado, a vacinação contribui para evitar a disseminação do vírus na população canina, estabelecendo uma barreira coletiva contra a parvovirose.
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Por fim, além da vacinação, manter o ambiente limpo com desinfecção rigorosa é crucial para prevenir a propagação do vírus. No dia a dia, um bom desinfetante (especialmente com ação veterinária) ajudam a manter o pet saudável. Mas as áreas contaminadas devem ser limpas com produtos eficazes contra o parvovírus.
Cachorro vacinado pega parvovirose?
Em geral, um cachorro que foi devidamente vacinado contra a parvovirose canina tem uma proteção significativa contra a doença. No entanto, não existe uma garantia de 100% de imunidade. Portanto, em casos raros, é possível que um cão vacinado contra a parvovirose ainda contraia a doença. Isso pode ocorrer por algumas razões:
Imunidade Incompleta: Alguns cães podem não desenvolver uma resposta imunológica completa à vacinação, tornando-os mais suscetíveis à infecção.
Tempo de Proteção: A eficácia da vacina pode diminuir ao longo do tempo. Assim, é essencial manter um cronograma de vacinação atualizado e realizar vacinas de reforço conforme recomendado pelo veterinário em consulta aqui na SOS Peludos.
Variações Virais: O parvovírus canino pode apresentar algumas variações genéticas, e uma vacina pode não proporcionar proteção total contra todas as cepas do vírus. Embora a abrangência das vacinas atuais seja muito boa e com excelentes resultados.
Exposição Intensa: Em ambientes onde o risco de exposição ao vírus é alto, como em locais com alta incidência de parvovirose, mesmo cães vacinados podem ter um risco ligeiramente aumentado.
Embora a vacinação não garanta imunidade absoluta, ela é altamente eficaz na prevenção da parvovirose e reduz significativamente o risco de agravamento da doença. Mas caso um cão vacinado desenvolva sintomas suspeitos de parvovirose, é importante procurar imediatamente a orientação de um veterinário para diagnóstico e tratamento adequados.
Dúvidas? encontrou algum sinal suspeito no seu pet? Traga-o para uma avaliação em consulta na SOS Peludos! Nosso atendimento é 24hs e por ordem de chegada!