Quando um cachorro começa a apresentar sinais como perda de peso, barriga inchada, diarreia ou tristeza, muitos tutores imaginam rapidamente que “pode ser verme”. Ainda assim, na rotina da SOS Peludos, percebemos que a maioria dos tutores só lembra do vermífugo para cachorro quando o pet já está com sintomas, e isso é um problema. Afinal, os vermes atuam em silêncio, consumindo nutrientes, lesionando órgãos e causando doenças que poderiam ter sido prevenidas com um simples protocolo de vermifugação.

Por isso, entender o que é vermífugo para cachorro, por que ele é tão importante e como funciona o diagnóstico é essencial para garantir uma vida segura e saudável para o seu cão. Então, a seguir, você vai encontrar um guia completo, claro e muito didático exatamente como o tutor leigo precisa para dominar o assunto de vermes e verminoses, vamos lá?

 

O que é vermífugo para cachorro?

 

Antes de falar sobre doenças, diagnóstico ou prevenção, é essencial entender o básico. O vermífugo para cachorro é um medicamento que elimina e controla parasitas internos, como lombrigas, ancilostomas, tênias e outros vermes que vivem dentro do organismo do cão.

Embora muitos tutores imaginem que os parasitas estão “apenas no intestino”, diversos vermes podem atingir pulmões, fígado, estômago, vasos sanguíneos e até o coração, dependendo da espécie.

Além disso, esses parasitas:

• Consomem nutrientes essenciais.
• Provocam anemia.
• Aumentam a inflamação intestinal.
• Prejudicam o crescimento de filhotes.
• Causam vômitos, diarreia e dor abdominal.
• E ainda podem ser fatais em cães debilitados.

Segundo dados da Companion Animal Parasite Council (CAPC), parasitas gastrointestinais estão entre as principais causas de transtornos digestivos em cães e apresentam alta prevalência, inclusive em pets que vivem dentro de casa.

 

O que são vermes e por que eles são tão perigosos?

 

Para compreender a importância do vermífugo, é preciso visualizar como os vermes se comportam no organismo. Vermes são parasitas que se hospedam dentro do corpo do cão e utilizam seus nutrientes para sobreviver. Enquanto fazem isso, eles:

• Lesionam as paredes intestinais.
• Provocam micro sangramentos.
• Alteram o equilíbrio da flora intestinal.
• Enfraquecem a imunidade do seu peludo.
• Liberam toxinas que deixam o animal apático.

Além disso, os vermes se multiplicam muito rápido. Por exemplo: uma única fêmea de lombriga pode produzir até 200 mil ovos por dia, contaminando todo o ambiente onde o cão vive.

 

Vermes mais comuns em cães e como cada um age

 

Embora existam muitos parasitas, alguns são mais frequentes e preocupam mais na prática veterinária, como estres 4:

1.Toxocara canis (lombriga): É extremamente comum em filhotes. Além disso, causa barriga inchada, vômitos e atraso de crescimento.

• Exemplo clínico: filhotes resgatados chegam à SOS Peludos frequentemente com barriga grande, pelagem ruim e subnutrição grave, quase sempre causado por Toxocara.

 

2. Ancylostoma spp. (anquilostoma): É considerado um dos parasitas mais perigosos porque se alimenta de sangue, causando anemia severa.

• Exemplo clínico: cães adultos chegam abatidos, fracos e com mucosas pálidas, sinais clássicos de perda intensa de sangue por ancilostomas.

 

3. Dipylidium caninum (tênia): Este tem a transmissão por pulgas infectadas. Por isso, cães com pulgas têm risco elevado para vermes.

• Exemplo clínico: é comum tutores notarem “grãozinhos de arroz” perto do ânus, que na verdade são segmentos da tênia.

 

4. Verme do coração (Dirofilaria immitis): Já este é transmitido na picada de mosquito, ele ataca os vasos sanguíneos e o coração do seu peludo e tem tratamento longo, com alto risco de vida.

• Exemplo clínico: cães podem apresentar tosse crônica e intolerância ao exercício.

 

Como o cachorro contrai vermes?

 

Muitos tutores acreditam que apenas cães que vivem na rua pegam vermes, mas isso não é verdade. Mesmo cães que vivem dentro de apartamentos podem se infectar com facilidade.

Além disso, os parasitas chegam ao pet por várias vias:

• Ingestão de ovos presentes no chão.
• Contaminação por fezes de outros animais.
• Ingestão de pulgas e carrapatos infectados.
• Transmissão pela mãe durante a gestação ou amamentação.
• Contato com insetos ou pequenos animais contaminados.
• Água ou alimentos contaminados.
• E até contaminação cruzada vinda dos sapatos dos tutores.

E mais alarmante: De acordo com estudos do Journal of Helminthology, até 40% dos cães vivem com vermes sem apresentar sintomas visíveis.

 

Os riscos de não tratar: doenças que os vermes causam

 

Quando o tutor ignora a vermifugação ou atrasa doses, vários problemas podem surgir. E, para facilitar a percepção rápida com seu pet, aqui estão alguns dos riscos mais graves e exemplos reais:

• Anemia severa: Comum em ancilostomas, o pet pode ficar fraco, ofegante e pode até precisar de transfusão.
• Obstrução intestinal: As infestações de lombrigas podem formar “massas” que bloqueiam o intestino. Por exemplo, já atendemos cães com necessidade de cirurgia porque o intestino ficou totalmente obstruído.
• Desidratação e desnutrição: É aquele típico caso de o cão “parecer magro, apesar de comer bem”.
• Pneumonia parasitária: Causada por larvas que migram para os pulmões.
• Doenças neurológicas: Em infestações muito graves, larvas podem migrar para o sistema nervoso.
• Zoonoses: Acredite: alguns vermes contaminam humanos, especialmente crianças. Portanto, tratar e prevenir não é opcional: é essencial para a saúde da família toda.

 

Sintomas de vermes em cães

 

Embora cada espécie apresente manifestações próprias, vários sinais são comuns:

• Vômitos recorrentes (às vezes com vermes visíveis)
• Diarreia ou fezes com muco
• Sangue nas fezes
• Perda de peso
• Pelagem sem brilho
• Fraqueza
• Coceira anal (que cria a cena clássica do peludo “sentar no chão e arrastar”)
• Barriga inchada (principalmente em filhotes)
• Tosse ou dificuldade para respirar
• Aumento do apetite ou falta dele

Ainda assim, muitos cães não apresentam sintomas até que a infestação seja grave. Por isso, o tutor não pode se enganar com aquela aparência saudável e não fazer tratamento profilático, a fim de eliminar vermes iniciais, o que permite o avanço do problema.

 

Diagnóstico de vermes na SOS Peludos

 

Na SOS Peludos, o diagnóstico é feito de forma precisa e rápida, porque contamos com laboratório próprio, o que oferece conforto, agilidade e menos estresse para o cão.

Para verminoses, utilizamos:

• Exame parasitológico de fezes (EPF): Avalia ovos e larvas de vermes. Além disso, identifica infestações mesmo em cães sem sintomas.
• Hemograma: Mostra anemia, inflamação e alterações compatíveis com parasitismo.
• Ultrassonografia: Revela danos intestinais, alterações no estômago e vermes de localização mais profunda.
• Radiografias: Importantes para suspeita de vermes pulmonares ou obstruções.

Como cada verme exige um protocolo diferente, o diagnóstico correto garante tratamento seguro e eficaz.

 

Vermífugo para cachorro filhote

 

Quando o assunto é vermes em cachorro, filhotes são extremamente vulneráveis. Além disso, eles muitas vezes já nascem com larvas de vermes transmitidas pela mãe.

Por isso, o protocolo geralmente começa por volta de 2 semanas de vida e segue em intervalos regulares. E mais: qualquer atraso pode comprometer o crescimento do peludo, causar anemia grave ou até levar o filhote à internação.

Segundo a ESCCAP, filhotes devem ser vermifugados frequentemente nos primeiros meses e reavaliados periodicamente.

 

Qual o melhor remédio para verme de cachorro?

 

Embora muitos tutores queiram uma resposta simples, o melhor remédio para verme de cachorro depende do diagnóstico. Isso porque cada espécie responde melhor a determinados princípios ativos.
Além disso, a dosagem é calculada por peso, idade e condição clínica. E para isso, existem vermífugos:

• Em comprimido
• Em suspensão líquida (ideal para filhotes)
• Em spot-on (aplicação tópica)

O veterinário define o medicamento correto após identificar o parasita e o grau da infestação. Por isso, nunca compre por conta própria, pois além de falhar, pode intoxicar.

 

Prevenção: como manter seu cão protegido

 

Manter seu cão livre de vermes é possível, mas exige rotina:

• Vermifugação em dia
• Controle de pulgas e carrapatos
• Limpeza das áreas onde o cão circula
• Coleta diária de fezes, para que não fiquem expostas
• Água filtrada e bebedouro lavado diariamente
• Alimentação de qualidade
• Consultas periódicas

Além disso, cães que frequentam creches, parques e hotéis pet têm risco maior, exigindo vermifugação mais regular para garantir seu bem-estar durante a diversão.

 

Quando trazer seu cão à SOS Peludos

 

Você deve procurar a SOS Peludos sempre que:

• Houver suspeita de vermes
• O cão apresentar vômitos, diarreia ou sangue nas fezes
• O pet estiver magro, triste ou com pelagem ruim
• Filhotes chegarem ao novo lar
• O cão tiver pulgas
• O pet conviver com crianças ou idosos
• Surgirem sintomas respiratórios incomuns
• O tutor identificar “grãozinhos brancos” perto do ânus

Como somos uma clínica 24 horas, acompanhamos desde os casos leves até emergências parasitárias com risco de vida. Portanto, sempre que precisar, conte conosco!

 

Fontes:

• Companion Animal Parasite Council (CAPC). Parasite Prevalence.
• ESCCAP – Diretrizes de parasitas internos em cães.
• Journal of Helminthology – Prevalência de helmintos em cães domésticos.
• CDC – Centers for Disease Control and Prevention. Parasites & Zoonoses.