Cachorro soltando muito pelo: causas, cuidados e quando ir ao veterinário
A cena é comum: o tutor varre a casa pela terceira vez no dia e ainda encontra tufos de pelo espalhados pelo sofá, pelo chão e até pelas roupas. Viver com um cachorro soltando muito pelo pode parecer um desafio sem fim, mas nem sempre é sinal de problema de saúde. A troca de pelagem é um processo natural em cães, porém existem situações em que a queda excessiva exige atenção veterinária.
Neste artigo da SOS Peludos, clínica veterinária 24 horas especializada em saúde de pequenos animais e animais silvestres, você vai entender tudo sobre a troca de pelo dos cães, quando é considerada normal, quais sinais de alerta indicam algo mais sério e como cuidar da saúde da pelagem do seu peludo.
Troca de pelo natural em cães: como funciona
Assim como acontece com os humanos, o pelo dos cães possui um ciclo que inclui fases de crescimento ativo, repouso e queda. De acordo com a American Kennel Club (AKC), esse processo é chamado de ciclo piloso e ocorre durante toda a vida do animal. No entanto, a intensidade da queda de pelos varia conforme a raça, a estação do ano e até as condições de saúde.
Durante o outono e a primavera, muitos cães apresentam uma troca de pelagem mais intensa. Isso acontece porque eles se preparam para mudanças de temperatura, perdendo parte do subpelo para se adaptar ao clima. Cães de raças como Husky Siberiano, Akita e Pastor Alemão, por exemplo, soltam grande quantidade de pelos nessas fases.
Portanto, quando o tutor observa um cachorro soltando muito pelo em determinadas épocas, isso pode ser apenas uma resposta natural do organismo. No entanto, é essencial saber diferenciar o que é fisiológico do que pode indicar doença.
Cachorro soltando muito pelo: é normal?
Em muitos casos, sim. O cachorro soltando muito pelo pode ser apenas parte do ciclo natural de renovação da pelagem. A quantidade de pelos eliminados depende de fatores como:
- Raça e tipo de pelagem: cães com subpelo denso soltam mais pelos do que raças de pelo curto e liso.
- Clima: animais em ambientes com forte variação de temperatura tendem a trocar mais a pelagem.
- Idade: filhotes e idosos apresentam padrões diferentes de troca de pelo.
- Alimentação: uma dieta equilibrada garante fios mais fortes e reduz a queda excessiva.
Ainda assim, o tutor deve estar atento quando a queda vem acompanhada de sintomas como falhas visíveis na pelagem, coceira intensa, vermelhidão, descamação da pele ou mau odor. Nesses casos, já não é mais apenas uma troca natural.
Quando a queda de pelos é considerada excessiva
Nem sempre é simples identificar quando um cachorro soltando muito pelo está passando do limite. Entretanto, alguns sinais ajudam a diferenciar a queda normal da patológica:
- Áreas com falhas de pelo: se o animal apresenta regiões com menos pelagem ou totalmente sem fios, pode haver um problema dermatológico.
- Mudança na textura da pele: descamação, crostas ou manchas avermelhadas sugerem doenças de pele.
- Comportamento de coçar ou lamber excessivamente: o incômodo pode indicar alergias, parasitas ou infecções.
- Odor desagradável: a presença de mau cheiro pode estar ligada a infecções fúngicas ou bacterianas.
De acordo com estudo publicado na revista Veterinary Dermatology (2021), dermatopatias representam até 25% das consultas veterinárias em cães, e a queda de pelos é um dos principais sintomas relatados.
Portanto, se o tutor perceber que a queda de pelos ultrapassa o esperado e compromete a estética ou o bem-estar do cão, é hora de buscar avaliação profissional.
Cachorro soltando muito pelo: o que pode ser?
Além da troca natural, diversas condições podem estar por trás da queda de pelos excessiva. Entre as mais comuns estão:
Parasitas externos
Pulgas, carrapatos e ácaros podem causar dermatites alérgicas e levar à perda de pelos localizada. A dermatite alérgica à picada de pulga (DAPP) é uma das causas mais frequentes.
Alergias alimentares e ambientais
Cães podem desenvolver alergias a determinados ingredientes da ração ou a agentes ambientais, como pólen e poeira. Esses quadros frequentemente resultam em coceira, vermelhidão e falhas na pelagem.
Infecções fúngicas e bacterianas
A dermatofitose, causada por fungos, provoca falhas circulares nos pelos. Enquanto as infecções bacterianas podem gerar crostas e descamações.
Desequilíbrios hormonais
Doenças endócrinas, como o hipotireoidismo e a síndrome de Cushing, alteram a estrutura do pelo e favorecem a queda. Esses quadros exigem diagnóstico laboratorial.
Estresse e ansiedade
Assim como em humanos, o estresse crônico em cães pode levar à perda de pelos. Mudanças na rotina, chegada de novos animais ou separação prolongada do tutor podem desencadear o problema.
Alimentação inadequada
A falta de nutrientes essenciais, como ácidos graxos, zinco e vitaminas do complexo B, compromete a saúde da pelagem. De acordo com estudo da Journal of Animal Physiology and Animal Nutrition (2019), a deficiência nutricional está diretamente relacionada à queda de pelos e ressecamento da pele em cães.
Portanto, quando o tutor se pergunta: “cachorro soltando muito pelo, o que pode ser?”, a resposta pode variar desde algo simples até condições que exigem tratamento especializado.
Cachorro com falha no pelo: sinais de alerta
Um cachorro com falha no pelo nunca deve ser ignorado. Diferente da queda difusa e uniforme, as falhas localizadas indicam que algo está prejudicando diretamente a saúde da pele. Além das causas já citadas, a sarna demodécica e a leishmaniose são doenças que também provocam alopecia localizada.
É importante destacar que falhas de pelo associadas a lesões cutâneas precisam ser investigadas rapidamente por um médico-veterinário. Isso porque o diagnóstico precoce aumenta as chances de tratamento eficaz e melhora a qualidade de vida do pet.
O que o tutor pode fazer em casa
Embora nem sempre seja possível controlar totalmente a queda de pelos, algumas medidas simples ajudam a manter a pelagem saudável e reduzir o incômodo:
- Escovar o cão regularmente, de acordo com o tipo de pelagem.
- Oferecer uma alimentação balanceada e rica em nutrientes.
- Manter o calendário de vermifugação e controle de parasitas atualizado.
- Dar banhos com produtos específicos para cães, evitando shampoos inadequados.
- Reduzir fatores de estresse no ambiente, além de passeios regulares e enriquecimento ambiental
Esses cuidados não substituem a avaliação veterinária, mas ajudam a manter a saúde da pele e dos pelos em boas condições.
Quando procurar a SOS Peludos
Sempre que o tutor identificar um cachorro com falha no pelo, queda acompanhada de coceira intensa, odor forte ou sinais de inflamação na pele, a consulta com um veterinário é indispensável. Aqui na SOS Peludos contamos com atendimento 24 horas e equipe especializada em dermatologia veterinária, preparada para diagnosticar e tratar as causas da queda de pelos, que pode ser agendada por whatsapp.
Além disso, exames laboratoriais e de imagem podem ser solicitados para investigar doenças endócrinas ou infecciosas que comprometem a pelagem. O tratamento vai desde a prescrição de medicamentos até ajustes nutricionais e protocolos específicos para cada caso.
Conviver com um cachorro soltando muito pelo faz parte da vida de muitos tutores. No entanto, quando a queda ultrapassa o normal e vem acompanhada de sintomas de desconforto, não é apenas questão estética, mas de saúde. Isso porque a pelagem é um reflexo direto do bem-estar do cão, e cuidar dela significa também cuidar da qualidade de vida do animal.
Se você tem dúvidas sobre a queda de pelos do seu pet, não hesite em procurar a equipe da SOS Peludos. Estamos disponíveis 24 horas por dia para acolher você e seu melhor amigo, oferecendo diagnóstico preciso e tratamento especializado.